A principal diferença entre muçulmanos sunitas e xiitas pode ser rastreada até um desentendimento sobre quem deveria ter sucedido o Profeta Muhammad como líder da comunidade islâmica. Os sunitas acreditam que Abu Bakr, um companheiro próximo do Profeta, foi legitimamente nomeado califa após a morte de Muhammad, enquanto os xiitas argumentam que Ali, primo e genro de Muhammad, era o sucessor legítimo. Isso levou a uma divisão no Islam e a subsequentes diferenças teológicas entre os dois grupos.
Em termos de crenças e práticas, os sunitas compõem a maioria dos muçulmanos em todo o mundo e tendem a enfatizar a adesão a escolas estabelecidas de pensamento e prática (madhabs). Os xiitas dão maior ênfase à interpretação individual e seguem uma sucessão de imãs (líderes) que acreditam serem divinamente orientados. Também existem diferenças notáveis nas práticas rituais, como estilos de oração e observâncias de feriados, entre as comunidades sunitas e xiitas.
A questão de se o Profeta tinha dúvidas sobre as revelações enviadas a ele é um tópico de debate entre estudiosos. Alguns argumentam que ele experimentou momentos de dúvida, especialmente nos estágios iniciais de seu profetismo. Por exemplo, quando ele recebeu as primeiras revelações enquanto meditava na caverna de Hira, ele não tinha certeza se eram de Deus ou não. No entanto, após conversar com sua esposa Khadija e receber resseguro do Anjo Jibril, suas dúvidas foram dissipadas.
Vale ressaltar que, ao contrário de outros profetas mencionados na tradição islâmica, que às vezes questionavam os motivos ou ações de Deus, Muhammad nunca o fez. No entanto, é importante ver esses momentos de incerteza dentro de seu contexto adequado e entender que eles serviram para fortalecer a fé e a determinação do Profeta à medida que o tempo passava.
A questão da existência e do paradeiro de Deus tem intrigado estudiosos e leigos por séculos. De uma perspectiva filosófica, alguns argumentam que a natureza de Deus como um ser onipotente transcende a percepção humana, tornando-o incognoscível por meio de experiências sensoriais como visão ou som.
Outros afirmam que a fé é o meio pelo qual percebemos a presença de Deus em nossas vidas. Psicologicamente, tem sido sugerido que nossa incapacidade de perceber Deus pode ser devida a vieses cognitivas ou limitações perceptuais decorrentes de nossas experiências e culturas individuais.
Se abordada a partir de um ponto de vista religioso ou científico, a questão de por que não podemos perceber Deus permanece um tópico de debate contínuo entre estudiosos e teólogos. Em última análise, cabe a cada indivíduo conciliar suas crenças sobre a espiritualidade com suas próprias experiências da realidade.
O Islã é o nome da religião, ou mais propriamente o ‘modo de vida’, que Deus (Alá) revelou ao seu último Profeta Maomé (que a paz esteja com ele).
A palavra árabe raiz da qual o Islã é derivado implica paz, segurança. Islã significa especificamente total submissão e obediência a Deus, um único Deus que não tem parceiros nem filhos e aceita reverentemente e obedece à Sua Lei.
Allah é a palavra árabe para Deus. O Islã sustenta que Allah é o Único Deus Verdadeiro digno de adoração e obediência, e que Ele é o criador do universo e de tudo o que existe dentro dele.
Deus nos enviou profetas para nos mostrar o caminho certo. Todos os profetas foram continuidades uns dos outros e foram enviados com a mesma mensagem, de que não há divindade digna de adoração além do Único Deus Verdadeiro.
Maomé (que a paz esteja com ele) é o último Profeta em uma longa cadeia de Profetas enviados para chamar as pessoas à obediência e adoração de Deus sozinho.
Aos quarenta anos, ele recebeu a revelação de Deus. Ele então passou a parte restante de sua vida explicando e vivendo os ensinamentos do Islã, a religião que Deus revelou a ele.
O Alcorão é a última e eterna palavra de Deus para toda a humanidade, revelada ao Profeta Maomé, que a paz esteja com ele, através do Anjo Gabriel.
O Alcorão aborda uma ampla gama de tópicos, incluindo a crença em Alá, os profetas e o dia do Julgamento; moralidade e ética; questões sociais e políticas; e assuntos familiares e pessoais.
Contém as respostas para os mistérios da vida e além: de onde eu venho, o que acontece após a morte, o propósito da vida.
Os tipos de adoração que são realizados fisicamente e verbalmente são chamados de pilares do Islã. Eles são as fundações sobre as quais a Religião é construída e por meio das quais uma pessoa é considerada muçulmana. Esses pilares são os seguintes:
1-Declaração de Fé: A “Declaração de Fé” é a afirmação, “La ilaha illa Allah wa Muhammad Rasul-ullah”, que significa “Não há divindade digna de ser adorada exceto Deus (Allah), e Muhammad é o Mensageiro (Profeta) de Deus”.
Estes artigos de fé formam a base do sistema de crenças islâmico.
1-Crença em um Deus Único: O ensinamento mais importante do Islã é que somente Deus deve ser servido e adorado. Além disso, o maior pecado no Islã é adorar outros seres Junto com Deus.
2-Crença em Anjos: O verdadeiro muçulmano acredita que Deus* criou os anjos, que são criações diferentes que estão sempre na adoração de Deus e não o desobedecem.
O Islã é um modo de vida abrangente, e a moral é um dos seus pilares fundamentais.
O Islã incentiva e ordena toda boa maneira e proíbe e adverte contra todo comportamento Malévolo e lascivo.
O Islã orienta os indivíduos a agir com polidez e respeito, enfatizando boas maneiras e comportamento para com os outros.
A descrição do Islã como uma religião de paz é central para seus ensinamentos e princípios.
O Islã enfatiza a paz, tanto internamente dentro de si mesmo quanto externamente na sociedade e no mundo em geral.
A paz está enraizada nos valores fundamentais do Islã. A própria palavra “Islã” deriva da Palavra árabe “Salaam”, que significa paz.
Justiça e igualdade são princípios centrais no Islã, abrangendo justiça social e direitos humanos.
O Alcorão e os ensinamentos do Profeta Muhammad enfatizam a equidade, compaixão e a dignidade inerente de cada indivíduo. O Islã ordena a justiça como um mandamento divino, defendendo o tratamento igualitário perante a lei , independentemente de status, riqueza ou etnia. Ele condena fortemente a opressão e a injustiça, promovendo a equidade até mesmo em relação aos adversários.
No Islã, a família é considerada a pedra angular da sociedade, fundamental para sua estabilidade e prosperidade.
As relações familiares são altamente valorizadas.
O sistema familiar do Islã equilibra os direitos do marido, da esposa, dos filhos e dos parentes de maneira equilibrada.
o que reflete os valores sociais mais amplos.
A tolerância é um aspecto fundamental do Islã, estendendo-se às interações com pessoas de diferentes fé e crenças.
O Alcorão defende a coexistência pacífica, o respeito e o entendimento entre comunidades diversas.
Ele enfatiza que não deve haver compulsão na religião
A adoração no Islã vai além de atos ritualísticos de oração e jejum; ela abrange uma abordagem holística da vida que permeia todos os aspectos da existência de um muçulmano.
No seu núcleo, a adoração no Islã é o reconhecimento da supremacia e unicidade de Allah, o Criador.